Hoje sinto-me... Rosa!


Fechei o círculo! Agora estou completa!
Encerrei definitivamente um capítulo da minha vida que estava ali, pendente, suspenso de nem sei o quê, mas que aparentemente manteria o elo da minha cadeia de sentimentos aberto e descaído, esperando algo que o encerrasse… Aguardando um qualquer desfecho cuja necessidade eu desconhecia…
É isso a Gestalt!
Eu andava preocupada, afinal de cada vez que pretendia escrever qualquer coisa, dava-me para jorrar coisas feias de dentro de mim, coisas que já nem sequer me magoam, acontecimentos passados que jaziam latentes, algures no meu inconsciente, brotavam de dentro de mim em catadupa, sem que os conseguisse conter… Na verdade, nem sequer tentei contê-los… Deixei fluir… Isso também é Gestalt!
Mas senti-me incomodada com tal refluxo! Logo agora, que me sinto bem, feliz, motivada, com um prenúncio de bons fluidos no horizonte… Então porquê a súbita e urgente necessidade de expelir emoções que já não me incomodam, como se sofresse de uma tenebrosa necessidade de purga irrefreável? Não conseguia perceber…
Valeu-me a minha querida Dulce… Feliz por poder ajudar-me, uma vez mais… E claramente explicou como funciona: identificamos e reconhecemos o que experienciámos antes (semelhança) e tendemos a captar “mais do mesmo”, a atrair experiências que percebemos como “tendo a mesma forma” de algo que já vimos antes… Por outras palavras, temos um “padrão” que, a nível inconsciente, nos empurra para o mesmo tipo de situações… Que poderão perpetuar-se, pois é esse o nosso padrão…  
Não se pode conhecer o todo através das partes: só chegaremos às partes através do todo! E esse todo, que somos nós, é bastante complexo… É formado por partes muitas vezes opostas, umas rebeldes, outras submissas, umas calmas, outras quietas… Dualidade, pluralidade, diversidade, muitas partes, um único todo: completo!
Não se pode apressar o rio, de facto. Nada como deixar correr, observar, não impedir, não controlar, não antecipar, não acelerar… Apenas… Deixar!
Deixar ir” é agora o meu novo mantra! Tenho de abandonar mais… Soltar-me mais… Abrir-me mais, cada vez mais, para o mundo que me rodeia. Sem pressas… Sem correrias… Com paciência! Prometo tornar-me mais paciente, vamos ver no que isto dá…
Curiosamente, todo este conhecimento chegou no momento em que comecei a ler, a interessar-me e a compreender a filosofia budista relativamente aos apegos… A maioria dos nossos problemas desapareceria se nos libertássemos, se não nos agarrássemos obsessivamente, se simplesmente… Deixássemos fluir… Afinal o que tiver de ser, será!

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