Hoje sinto-me... Rosa!

Mais um fim-de-semana só para mim… Para fazer o que eu quiser… O que significa que farei muito pouco, ou o menos possível, digamos assim…
Tenho, no entanto, alguns objetivos:
·     Tentar pôr o sono em dia – digamos que terei de fazer um pouco mais do que “tentar”; tentar é aquela palavra que usamos quando não nos apetece fazer alguma coisa, ou sabemos perfeitamente que não o iremos fazer, mas não queremos admiti-lo. Por isso, eu estou determinada a pôr o sono em dia durante o meu fim-de-semana.
O que não significa, obviamente, passar o tempo todo a dormir; como em tudo na vida, há que ter regras, e as minhas são simples: levantar cedo, tratar dos meus gatinhos, tomar um belo pequeno-almoço (porque eu mereço!), arrumar ligeiramente a casa, preparar o meu tricô, ligar a televisão e escolher um programa decente, tricotar compulsivamente até me apetecer, amolecer o corpo, dormitar no sofá. E depois tomar um bom banho, perfumar-me a gosto, alindar-me q.b. e dar um bom passeio com uma amiga, ir ao cinema e depois jantar. Coisas simples e pequenas que, no entanto, me dão um prazer extraordinário;
·   Recuperar o meu hábito de exercício na elítica – sim, a minha elítica estática, coitada, cada vez mais estática… Vou arrastá-la de novo para a sala, em lugar de destaque diante da televisão, essa grande distração em que mergulho para não pensar tanto no sacrifício que faço ao pedalar desenfreadamente na pobre elítica… Ou será antes pobre de mim para aqui a pedalar na elítica?...
Preciso absolutamente de perder peso abdominal, ou volume, ou lá o que é que eu preciso de perder… Sei que eliminaria a necessidade de tomar medicamentos para a diabetes se me dedicasse a fazer todo o exercício físico necessário que me levasse a perder 10 quilos e vários centímetros… Sim, isso é o que eu sei…
Mas depois há toda a carga de inércia que me pesa em cima e me leva a desmotivar, como por exemplo pensamentos do tipo: “sim, vou ter de fazer sacrifícios… sim, vou ter de deixar de comer pequenas coisas que me dão prazer, quando já tenho tão poucos na vida… sim, e quando me der o stresse, o que poderei comer para me saciar?”, entre tantos outros, esses pensamentos típicos de boicote que eu uso para me punir a mim mesma… Como por exemplo: “para quê? Nunca serei uma Claudia Schieffer”
Porque não pensar nos benefícios que lucrarei? Pois, mas isso é outra conversa…
·      Terminar o meu cachecol – este será o objetivo mais fácil de cumprir… Está desde já garantido! E a seguir preocupo-me com a seguinte questão: “a quem irei oferecer o meu novo cachecol?”…
·      Escrever, escrever, escrever – acho que encontrei o meu lugar na escrita! Apetece-me sempre escrever, embora por vezes não saiba exatamente sobre o quê… Mas isso não é problema, problema é quando não me apetece escrever… Mas também já notei que o hábito da escrita está a ficar profundamente enraizado e, portanto, quando não escrevo sinto a falta da escrita…
Qualquer coisita me serve de inspiração para registar os meus sentimentos… Gosto de escrever sobre sentimentos, acho que é disso que mais percebo… Pelo menos os meus sentimentos, eu conheço-os bem… Quanto aos dos outros, bem posso imaginá-los… Não é isso que todos fazemos?
Quero dizer, o que sabemos nós sobre o que pensam ou sentem os outros? E o que é que isso interessa? A verdade é que construímos uma imagem sobre os outros e depois procuramos afanosamente que essa imagem artificialmente criada corresponda em absoluto ao ser que mal conhecemos…
É isso no mundo real! E depois, quando começamos a conhecer verdadeiramente o outro, e verificamos que a imagem inventada não bate muito certo com a realidade, o que fazemos? Claro, tentamos mudar o outro de forma a que não haja qualquer inconsistência entre o sonho e a realidade… Tontos, somos tontos…
A verdade é que, no início, até poderá haver o desejo de o outro tentar encaixar-se na imagem que “sente” que foi construída sobre si mesmo… Mas esse processo dura muito pouco… É postiço, falso e, como tal, tende a cair por si ao fim de algum tempo…
Nada como darmo-nos a conhecer nas nossas verdadeiras cores… É isso que eu defendo, e é nisso que acredito… É sobre isso que escrevo… Os segredos e mistérios são interessantes na dose certa, mais do que isso passa a desconfiança… Afinal o que haverá tanto para esconder?...

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