Hoje sinto-me... Amarela!


Sou pela exploração da mão-de-obra infantil!
Por favor não me interpretem mal, claro que há crianças que vivem em condições terríveis por esse mundo fora… Não é a isso que me refiro!
Refiro-me à educação das nossas crianças… Os nossos filhos precisam de adquirir competências alargadas, não só intelectuais, como também sociais e ainda de responsabilidade.
Posto isto, propus-me incentivar os meus filhos a realizarem pequenos trabalhos domésticos, como fazer as camas, limpar as casas de banho, dobrar e arrumar roupa e manter o seu quarto organizado. Para além de ajudarem na cozinha, o que já vêm fazendo há algum tempo…
E tem sido um sucesso! Na verdade, eles adoram participar em todas essa atividades. Fazem-no com gosto e ficam orgulhosos do trabalho realizado. Chamam-me para verificar o que fizeram e o resultado final do seu trabalho. Chamam-me de cada vez que completam uma atividade, para passarem à atividade seguinte. Querem fazer mais e melhor.
As crianças querem sempre aprender, é o que faz parte do seu material genético. A nós compete-nos dar uma ajudinha, uma grande ajuda, ensinando-lhes tudo o que pudermos. Estamos a educar os adultos do futuro, que terão necessariamente de ser diferentes de nós: desde logo, mais poupados; depois, mais organizados; também mais competitivos mas, por outro lado, cooperantes. Os nossos filhos enfrentarão mais dificuldades do que nós enfrentámos, afinal os empregos não virão a ser garantidos para ninguém, possivelmente a única coisa garantida é a insegurança laboral, e compete-nos prepará-los para a dura sobrevivência no mundo real.
Portanto, além de estudar, terão de preparar-se para enfrentar desafios ao nível da sobrevivência doméstica: saber cuidar de uma casa e cozinhar deverão fazer parte do ‘kit’ de formação obrigatório para qualquer criança atual.
Os nossos pais pouparam-nos demasiado! Protegeram-nos demasiado! Fizeram de nós adultos convencidos de que o mundo deveria render-se aos nossos pés só por termos uma licenciatura ou um mestrado, ou um bom emprego, ou outra qualquer falsa segurança…
E então um dia o chão fugiu-nos debaixo dos pés! Alguém puxou o tapete que pisávamos com confiança e fomos brutalmente atirados para trás… Obviamente reerguer-nos vai ser difícil… Está a ser difícil…
É isso que queremos para os nossos filhos? Não me parece…
Por mim, pretendo educar adultos fortes, resistentes, independentes, com princípios e valores sólidos, responsáveis e perfeitamente adaptados às necessidades de um mundo novo que iremos todos enfrentar… E que não promete ser muito risonho…
Depende inteiramente de nós pô-lo a sorrir rapidamente…

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