Hoje sinto-me... Violeta!

De todos os sentimentos do mundo, há um que me revolta um pouco mais do que os outros: a injustiça!
Este é o típico sentimento que nos remete para uma desconfortável posição de vítima indefesa, impotente e incauta para poder rebelar-se contra os poderes e/ou situações estabelecidos.
Não gosto de me sentir vítima das circunstâncias, acasos fortuitos, maldade humana, ou seja lá o que for. Vítima é vítima, e ser vítima, seja lá do que for, é horrível.
Além de todos os demais traumas, ainda nos sobra o amargo de boca deixado por um enorme ponto de interrogação na cabeça: “porquê?”.
Poderemos ainda complementar o nosso ponto de interrogação com alguns outros:
  • Porquê eu?
  • Porquê a mim?
  • Porquê agora? Porque não ontem? Porque não amanhã?
Nenhuma destas questões nos trará felicidade ou paz de espírito, muito pelo contrário… Cada ponto de interrogação que abrimos pressupõe um novo caminho de autotortura, nomeadamente “o que seria” (ou teria sido) se não tivesse acontecido (mas aconteceu! Alô!!!)… E de novo nos emaranhamos no rol de perguntas intermináveis, reiniciando o ciclo infernal…
Por incrível que pareça, o sentimento de injustiça vem paradoxalmente agarrado à esperança… Uma tola e vã esperança de que “tudo ficará como antes”, o que simplesmente não é possível… Pelo simples motivo de que já aconteceu e pronto, agora já está!
A atitude mais saudável será sempre a de extrair ilações, aproveitar as lições, aprender e prosseguir com o saber de experiência feito… Mas teimosamente agarramo-nos a sentimentos do passado, tentamos arranjar justificações, inventamos desculpas… Ou, ainda pior, revoltamo-nos, tornamo-nos amargos e indigestos, impossíveis de suportar pelas pessoas mais próximas.
Tudo tão estúpido e tão vão… Quanto mais simples não seria se simplesmente levantássemos cabeça e prosseguíssemos a nossa jornada de aprendizagem pura e dura: “Ok! Já aprendi isto! O que virá a seguir?”…
Mas parece que levamos pelo menos metade da vida a compreender algo simples: a vida dá-nos as lições de que mais precisamos! É pena não nos apercebermos disso mais cedo… Seria tão mais fácil viver…

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