Hoje sinto-me... Amarela!

O que era alegria passará a ser uma sombra, uma mancha negra, terrível e horrenda.
A prática de um desporto, destinada a promover a saúde, o bem-estar, a boa disposição, transformou-se num irreal e assustador filme de terror.
Pergunto-me, e certamente não estarei só nesta interrogação, o que levará alguém a proceder a um ato destes, sabendo que será responsável por um sem número de mortes e de mutilações, físicas e psicológicas, ficando para sempre associado a um momento negro na história de um país…
Poderá a mera sede de fama gerar tal tipo de comportamento? Parece que sim… Infelizmente, já aconteceu antes. Porque não consigo mesmo imaginar outro tipo de móbil para o crime, o responsável vai ter de se denunciar em algum momento… Simplesmente porque não vai conseguir suportar o peso da “não-fama”, ele terá de desabafar aos sete ventos que foi ele, o grande herói (aos seus olhos, ele próprio considera-se um herói!), o causador de tal tragédia!
Certamente as forças anticrime norte-americanas contarão com tal necessidade de bazófia e gabarolice, e estarão à espreita para atacar no momento oportuno.
Agora, e para já, é hora de chorar as vítimas e minimizar os danos! Os norte-americanos foram, mais uma vez, surpreendidos pela violência, novamente apanhados de surpresa num evento que tudo prometia de saudável harmonia e contentamento.
Mais uma vez a grande América perdeu a inocência… Mais uma vez o resto do mundo assistiu com incredulidade ao horror em direto! Porque a maldade humana não tem limites, não conhece fronteiras, não distingue os inocentes…
Quem participou na maratona de Boston nunca mais correrá da mesma forma! Quer tenha, ou não, ficado ileso! Porque o medo também mata, estropia e decepa, impedindo-nos de viver uma vida plena! E é pena!
A partir de agora, correr pode ser perigoso… Em Boston e no resto do mundo! Porque podia ter sido cá! Os Estados Unidos não detêm o exclusivo da crueldade humana… Ela anda por aí, disfarçada mas dispersa, como uma espécie de vírus perverso que nos espreita… E as coisas mais simples da vida, as pequenas coisas que fazem parte dos nossos hábitos e rotinas, jamais voltarão a ser como antes… Como sobreviver a isto?

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