Hoje sinto-me... Vermelha!

Apetece-me abraçar-te… Inspiras-me muito carinho e vontade de fazer festas, parece que tens uma certa aura de desamparo que pede mimos…
Ou então será imaginação minha… Sim, admito que possa ser. Tendo a ver as coisas numa perspetiva muito minha, muito construída por imagens que, provavelmente, nem sequer existirão na realidade. Mas não importa, porque é essa a minha realidade, e sinto-me confortável assim.
Oscilo entre ver-te desligado do mundo terreno, e profundamente conectado com ele. Isso confunde-me, mas também me atrai terrivelmente. Ainda não consigo ler-te como gostaria, por isso leio-me e interpreto-me a mim mesma na forma como te vejo… É um exercício difícil, sobretudo porque nunca sei se estarei a laborar sobre algo objetivo – o teu comportamento – ou sobre algo absolutamente subjetivo – a minha representação mental do teu comportamento.
Também não sei se deverei aproximar-me ou fugir a sete pés… A intuição impele-me a aproximar, o instinto grita-me que fuja… Tudo isto é muito confuso… Confuso e interessante!
Já passou muito tempo, provavelmente demasiado tempo, desde a última vez que me aproximei de alguém… E se há coisas que aparentemente serão como andar de bicicleta, outras haverá que necessitam de tempo, reaprendizagem, refrescamento de conhecimentos… E muita energia para romper com algumas barreiras!
Não há cursos de formação para o amor, o que é uma pena, diga-se! Provavelmente haveria aí um nicho de mercado a explorar… Porque acredito que haveria muita gente necessitada de um curso básico para amar, algo que poderia ser mais ou menos assim:
•    Tópico 1 – O b-a-ba da aproximação inicial (“houve troca de olhares, e agora faço o quê?”);
•    Tópico 2 – Como interpretar os sinais (“que tipo de sorriso é aquele?”);
•    Tópico 3 – O primeiro encontro (“o que é suposto fazer?”);
•    Tópico 4 - A comunicação eficaz (“o que é que aquilo quer dizer?”).
E depois poderia ainda haver cursos avançados de evolução para outras plataformas de entendimento, como sejam:
•    Tópico 1 – A primeira noite (“por onde começo? Será que fico ou vou embora?”);
•    Tópico 2 – O dia seguinte (“e agora o quê?”).
Sim, tenho a certeza de que haveria muitos clientes… Eu seria uma delas, para um curso específico de reciclagem, com componente prática incorporada… Algo do género:
•    Tópico 1 – Os meus filhos e eu (“socorro! Já não sei falar de outra coisa…”);
•    Tópico 2 – O mundo mudou (“a sério? Posso ser eu a convidá-lo?”).
Enfim, tenho algumas ideias sobre este tema, que muito gostaria de explorar… A verdade é que tudo se tornou demasiado fácil para uns e demasiado difícil para outros…
Não sei como passar daqui… Ou se avançar ou recuar… Ou se simplesmente desistir… Ou então nada disso… Apenas sei que me apetece abraçar-te… Tocar-te no cabelo… Despentear-te… Parece estranho, não é?

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