Hoje estou... Acastanhada!


Às vezes penso que já tive a minha dose de amor… E pronto! Já está!
Deve ter sido só isso… Provavelmente só mereço aquela dose… Provavelmente haverá pessoas destinadas ao enfartamento amoroso, e outras, como eu, destinadas a morrer de anorexia amorosa.
E depois pergunto-me se haverá algum motivo para tal. E chego à conclusão de que não sei. Talvez nunca venha a saber. Talvez eu seja muito exigente… Talvez eu tenha deixado escapar alguma oportunidade mais ou menos oculta que me tenha aparecido… Talvez eu não tenha estado atenta, ou suficientemente atenta… Talvez eu deva abrir mais os olhos, não vá perder alguma outra potencial oportunidade… Talvez eu esteja blindada a novas oportunidades amorosas… Talvez elas nunca tenham existido (sem contar com a minha capacidade imaginativa, claro!)… Talvez eu não queira… Talvez eu recuse inconscientemente ou desvalorize qualquer eventual oportunidade… Talvez eu não me esforce o suficiente… Talvez eu tenha medo… Talvez eu meta medo… Talvez todas as opções sejam aplicáveis…
Talvez isto… Talvez aquilo… Talvez… Talvez…
Mas será mesmo? Será verdade que algumas pessoas merecem mais do que outras? Será verdade que a minha oportunidade já passou? E puf, pronto, acabou-se? Será que eu não serei merecedora de amor? Será que o amor vem, para mim, em doses homeopáticas? Tão homeopáticas que eu nem me apercebo?
Não sei… Na verdade esta é uma daquelas questões sobre os factos da vida a que ninguém saberá responder…
Há pessoas com sorte… Há pessoas com mais sorte do que outras… Há pessoas que amam a vida toda sem serem correspondidas… Há pessoas que nunca amaram e já foram amadas… Há pessoas que nunca amaram nem foram amadas… Há pessoas incapazes de amar…
E há as outras, aquelas que, como eu, querem muito amar e ser objeto de amor. E têm muito para dar. Mas não a quem…
Enfim, há de tudo para todos… E isso consola-me? Obviamente que não…

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