Hoje sinto-me... Lilás!

Hoje lembrei-me dos ombros. Gosto de ombros, não tenho culpa, adoro ombros...
Há quem goste de outras partes do corpo, quem aprecie as mãos, o recorte da nuca, a curvatura da coluna, os olhos, tanta coisa para apreciar num homem... Mas eu contento-me com a contemplação de uns bons ombros, de preferência largos, suficientemente largos para poderem suportar o peso da minha cabeça. Ah, não há como um ombro amigo para consolar as dores que trago comigo. Um sítio para me aninhar, uns braços para me abraçar...
Agora apetecia-me mergulhar em voo picado num dos teus ombros... Sabes, gosto dos teus ombros... Acho que nunca te disse. Mas também há tanta coisa que nunca te disse, esta será apenas mais uma que ficará por dizer.
E detenho-me a pensar por onde andarão agora esses ombros a passear-se, se aninharão entre eles outra cabeça, outro corpo, outras dores...
Que bom seria que, um dia, os teus ombros me oferecessem abrigo! E eu não hesitaria, decerto deitaria a minha cabeça, devagarinho, a descansar no respaldo oferecido. E como me sentiria segura e protegida, ali, naquele momento, um fugaz e imaginário momento que para sempre gravaria na memória...
Sim, gosto de ombros! Gosto especialmente dos teus ombros. E eles nem sabem que eu existo...

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