Hoje estou de mil e uma cores!!!

O meu livro foi lançado!
Conseguem imaginar? É uma emoção indescritível, quase tão boa como ter um filho... E digo "quase" porque ter um filho é uma dádiva da natureza, é uma benção, continua a ser para mim um mistério como de duas células minúsculas se geram seres tão completos, tão perfeitos, tão sangue-do-nosso-sangue (na verdadeira acepção do termo, porque sangue é mesmo coisa que não falta!), e é tão, mas tão bom conseguir esse feito, que não deve haver mais nada que se lhe compare!
Não, nada se lhe compara, de facto. E depois há a relação tão animalesca (no bom sentido, claro) entre mãe e filho, o reconhecimento do cheiro um do outro, o acto de amamentar, o amor e os laços que se estabelecem desde o primeiro momento em que damos à luz a nossa cria... É mágico!
E lançar um livro nada tem de animalesco, pelo contrário, é um acto racional, absoluta e completamente racional, embora também resulte de um acto de amor.
É um momento também mágico, em que reunimos os nossos amigos, todos aqueles que estão lá sempre que apitamos, aqueles que não nos falham e que nos querem felicitar de coração aberto.
Também é um momento de felicidade, em que trazemos à luz uma nossa criação!
Talvez a principal diferença resida no regresso a casa, em que voltamos de coração cheio e braços vazios, para o nosso momento de solidão após a multidão!
Com um filho regressamos de coração e braços cheios, sem espaço para a solidão.
E a sensação "pós"? É muito semelhante! Chamam-lhe a "síndrome do saco vazio", porque após o parto a barriga murcha, vazia e inútil... E após o lançamento de um livro? Fica-nos a sensação de que atingimos o nosso objectivo, já "chegámos lá"... E agora? E o "depois"?
Nada como um dia de cada vez! Nada como um objectivo de cada vez... E, como dizia alguém, baby steps, lots of baby steps para chegar ao próximo, lá à frente, logo ali... Já a seguir!