Hoje sinto-me... Vermelha!

Esta noite sonhei contigo… O que é estranho, afinal não passas de algo longínquo na minha vida!
E foi um sonho tão bonito: sonhei que te tinha telefonado, estando já à porta da tua casa. Queria fazer-te uma surpresa!
E tu não sabias de onde eu te telefonava, e pensaste que eu estava longe, tão longe, noutro país, separados por um enorme oceano… Separados por tantos anos…
A ligação caiu: deixei-a cair de propósito porque queria falar pessoalmente contigo… Tanta coisa que ficou por dizer, tanta coisa que queria partilhar contigo, tanto tempo que já passou… Por onde começar?
No meu sonho senti o teu desespero por não conseguires falar comigo, por mais uma oportunidade perdida, uma mais no mar de oportunidades desperdiçadas ao longo de todo este tempo…
Fiquei ali, na ombreira da tua porta, quietinha, a escutar, a sentir o que sentiria quando te visse, quando por fim te pudesse abraçar, uma vez, só uma vez mais… Poder encostar a minha cabeça no teu ombro largo e acolhedor, e cheirar-te, como um animal cheira ansiosamente a sua cria para se certificar de que é mesmo sua… E eu sei que não és meu, ninguém é de ninguém, mas quero sentir-te como meu nem que seja por um instante apenas… Será esse o meu instante!
Bati timidamente… Não sei como estás, como estarás, como estaremos, o que dirás, o que farás… Tremo de medo e de antecipação…
A porta abre-se por fim. E tu apareces. E o teu sorriso… Fala por ti, ilumina-te a cara. E o tempo, esse, parece que nunca passou…
E foi então que acordei!

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