Hoje sinto-me... Amarela!

Quero dar-te o mundo! Se não o mundo inteiro, pelo menos o meu mundo!
Quero dar-te o que puder do meu mundo interior. Quero poder partilhar contigo o que tiver de mim para partilhar. Isso inclui sentimentos, pensamentos, dores, amarguras, tristezas, alegrias, vivências, experiências.
Tenho tanto para te dar! Se tu soubesses…
E, no entanto, amordaço-me todos os dias um pouco…
Não por orgulho, já há algum tempo que deixei que o orgulho caísse nas minhas prioridades de vida…
Não por medo, o medo já não me tolhe os movimentos, aprendi a arriscar. Até porque, quando se arrisca, o pior que nos pode acontecer é ouvir um redondo e sonoro “não!”. E esse estará sempre garantido à partida.
Nem sequer por vergonha, essa potente inibidora de vontades, em nome da qual se perdem extraordinárias oportunidades de vida.
Então, porquê?
Detenho-me nesta pergunta, sem ousar verbalizar a resposta…
Sabes, acho que temos tanto em comum… Ou então imaginei tudo isto, e não há nada, absolutamente nada entre nós, a não ser nos meus delírios solitários.
E então a resposta surge-me, límpida e clara: porque tu não sabes! Tu não imaginas! Tu não te apercebes! E, pior do que isso, tu estás longe, muito longe, quer em presença quer em coração, para te dares conta! Para o notares alguma vez… O que é pena, posso dizer-te com um meio sorriso… Mas essa não passará nunca da minha mera e modesta opinião!
Assim, perdemos os dois! Eu, porque me fico com tudo aquilo que tenho para dar, enfartada de sentimentos que não posso expressar! Tu, porque nunca saberás, e assim perdes a oportunidade de receber tudo aquilo que tenho para dar!
Equilibramo-nos no nosso desequilíbrio: eu cheia de emoções, tu livre de perturbações que possam afetar o teu estilo de vida… E um imenso vazio entre nós… Que pena!

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