Hoje sinto-me Amarela!

Na verdade, não sei de que cor me sinto. Estou ainda meio anestesiada do fim de semana, que passei a hibernar. Tinha sono. Muito sono. E estava também um pouco zangada. Muito zangada. Por coisas que não controlo, não domino e, como tal, não posso fazer nada para mudar.
Pelos impostos que tenho de pagar. Pelo ordenado que não me pagaram. Pela crise que não sei se existe... Por não ter os meus filhos comigo. Por não ter os meus pais comigo. Por sentir uma tremenda solidão que não sei como combater a não ser dormindo, escondendo-me de um mundo do qual me apetece fugir de vez em quando, nem que seja em sonhos...
Por me apetecer comer chocolate em doses pouco saudáveis. Por me apetecer fazer disparates e não poder... Por nem sequer saber o que me apetece... Por tudo e por nada...
Depois de ter passado o sábado a dormir, à noite deitei-me cedo "para poder dormir" (duuuhhhh?). E eis que cheguei à cama às oito da noite, cansada, moída e, incrível, cheia de sono! Mas achei que era muito cedo para dormir outra vez, pelo que aproveitei para meditar durante uma hora. E foi maravilhoso. Acho que descobri Nirvana algures no meio dos meus pensamentos enevoados em que voei para longe, para muito longe daqui, para longe do meu corpo, da minha casa, das carapaças que construímos à nossa volta para nos protegermos... Algures por aí descobri uma imensa felicidade, que nada tem a ver com a solidão ou não, vi luzes brilhantes a piscar em sítios que estavam dentro do meu cérebro e me subiam pelo nariz, e senti-me entorpecida mas em estado de graça. E então abri os olhos e preparei-me para dormir um pouco mais... Acho que tive uma espécie de gripe...

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