Hoje sinto-me Lilás!

Aprecio os anúncios publicitários que enfatizam a felicidade! São disso exemplo marcas como a Coca-Cola e a italiana Chicco.
É certo que direcionar a coisa para a felicidade é apenas mais uma forma de manipulação, mas antes manipular com felicidade do que com desgraça… É que não há quem aguente tanta crise!
A Chicco incorporou a felicidade nos seus valores, enquanto a Coca-Cola espalha felicidade através da divulgação de histórias e receitas felizes.
As mensagens de felicidade são importantes e, como diz a Chicco, “ajuda as crianças a crescer”. Ora, se crescerem felizes, tanto melhor. Porque é sabido que vão crescer, ora se vão.
A nós, pais, nada nos dá maior prazer do que saber os nossos filhos felizes! E é por isso que me preocupo com a felicidade que eles possam sentir quando vão à escola, porque a escola é afinal o sítio onde passam a maior parte do seu tempo! E deve ser muito mau passar a maior parte do nosso tempo não estando feliz…
Por isso achei que devia partilhar esta história convosco; o meu filho mais velho ainda não começou as atividades dos tempos livres, e como só tem aulas de tarde, aborrece-se imenso quando o deixo na escola logo às 8 da manhã, pela fresquinha… Mas que posso eu, pobre mãe trabalhadora, fazer? Não posso dar-me ao luxo de levá-lo para o trabalho, almoçar com ele, e depois ir levá-lo à escola. Eu não posso fazer isso, mas sinto-me culpada quando lhe explico as razões porque não faço o que o pai pode fazer… Empregos diferentes, responsabilidades diferentes, benesses diferentes…
Mas ele tem mesmo dificuldade em entender! Passou a manhã a telefonar-me para me dizer que lhe doíam os pés, a cabeça, a garganta, enfim, como se sente aborrecidinho dói-lhe tudo para ver se me comove… Coitadinho, tenho peninha dele mas não posso fazer nada…
Por fim ligou-me para me dizer que o telemóvel estava a ficar sem bateria, ou seja, nem com o telemóvel poderia contar…
Liguei à minha irmã para partilhar com ela as agruras da vida de mãe. E ela contou-me que o filho com 11 anos lhe telefonou um dia só para dizer:
- Mamã, eu não quero ir para a universidade! (Tal não era a seca que o pobre estava a apanhar!)
- Porquê, meu filho?
- Eu fico aqui só até aos 18 anos e depois saio – declarou. – Como quero ser mágico ou escritor, não preciso de ir para a faculdade para fazer isso.
E assim ficou rematada a conversa!

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