Hoje estou Amarela!

Hoje é outra vez segunda-feira! Hoje dói-me o peito, estou ansiosa, tenho saudades dos meus filhos... Acho que o aperto no peito é saudade pura e dura, só isso, daquelas que doem quando respiramos, porque os filhos são como o ar que respiramos, e deve ser por isso que os cheiramos com tanto prazer: queremos aspirá-los, metê-los dentro de nós, lá dentro onde estiveram quentinhos e protegidos durante 9 meses...
Decidi não me queixar da vida, estou muito bem exactamente como estou, com os meus filhos, a minha vidinha tranquila, faço o que quero quando quero e não tenho de negociar nem regatear coisa nenhuma.
Mas temos de aprender a ser felizes independentemente dos outros, só nós, connosco mesmos... E não é que há pessoas que não se aguentam a elas próprias?

Acho mesmo que estou mais feliz do que nunca na minha vida, porque finalmente percebi que a felicidade está dentro de mim, e não dependente de outra(s) pessoa(s).
Agora aprecio o sol, a chuva, o caminhar todos os dias, as pequenas coisas que tenho ou que vou conquistando. Levei demasiado tempo a cuidar de outros sem ninguém para me cuidar a mim mesma, nem eu própria o fazia, e um dia acordei só e maltratada, com vontade de me enterrar viva. Felizmente acordei para a vida, e agora aprecio tudo à minha volta com os olhos de quem renasceu das cinzas.
Vivo momentos em que me apetece gritar de felicidade, e cada vez sinto essa sensação mais vezes, parece que este é um caminho que temos de aprender a percorrer e, depois de o aprendermos, enveredamos por ele as vezes que quisermos. Chega a ser espantoso.
Há pouco tempo tive cá uma amiga chilena a quem não via há 10 anos. E foi tão bom estar com ela, revê-la, mostrar-lhe Lisboa, Cascais, etc., senti-me tão abençoada por podermos as duas desfrutar de uns momentos tão bonitos que dei por mim imersa nessa sensação de felicidade esquisita. Isso aconteceu-me várias vezes só nesse fim-de-semana!
Acho que poderá estar associado à meditação que aprendi a fazer e que me dá momentos de paz e tranquilidade que são maravilhosos.
Com os meus filhos também me sinto assim, normalmente quando estamos todos juntos no quarto deles, enroscados uns nos outros, a ver desenhos animados e a rir.
Também aprendi que rir é a melhor coisa do mundo e por isso rio o mais possível, de tudo e de todos, sobretudo de mim. O meu livro reflecte exactamente o que eu sou. Não guardo rancor nem tenho desejos de vingança, aprendi que o perdão é absolutamente libertador e sinto-me feliz assim. Adoro-me e adoro a minha vida. Se foi um percurso fácil? Não, não foi. Sofri muito. Mas percebi que a minha lição de vida era ter de passar por tudo o que passei para poder ser, finalmente, feliz. Claro que na transição fiquei revoltada, com sentimentos de injustiça, mas libertei-me pelo perdão. Para poder continuar com a minha vida tive de perdoar tudo; só assim segui em frente. Com a cara alegre que sempre tive! E que espero manter!

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