Hoje sinto-me... Amarelo Néon!

Ainda a propósito de ética, gostaria de dizer que, neste pequeno mundo em que nos movemos, é importante nunca fechar portas. Costumo, aliás, dizer que elas (as portas) nos podem bater no nariz quando menos esperamos.

Explico-me: considero ‘fechar portas’ sair-se zangado de uma empresa. E depois, não satisfeito, chegar ‘cá fora’ (leia-se mercado de trabalho) e transbordar todo esse fel, não se coibindo de dizer mal, quer da empresa, quer das chefias, dos colegas, dos procedimentos, ou o que for.

Sim, este comportamento revela falta de ética e é reconhecido e identificado de imediato. A razão é simples: ‘este está agora a dizer mal desta empresa/pessoa, se eu o contratar irá fazer o mesmo a seguir’.
É um raciocínio válido, afinal o adágio popular ‘pelas costas dos outros vejo as minhas’ é, quase primariamente, sentido por nós sempre que somos confrontados com uma situação deste tipo. A mim até chega a dar-me arrepios, tal não é o instinto de proteção...

Para além deste sentimento de falta de integridade, acresce ainda um outro: e se eu, recrutador, por um desses acasos do destino, for conhecido/amigo/familiar da pessoa ou pessoas de quem me estão a dizer mal? É verdade, é que o mundo é mesmo muito pequeno...
A questão de fechar as portas ao sair de uma empresa pode igualmente reverter contra nós: regressando ao tema de o mundo ser muito pequeno, a verdade é que também é redondo, pelo que dá mesmo muitas voltas... E já pensou que pode voltar a dar de caras com aquela pessoa (de quem disse mal ao Universo) noutro ponto do planeta? Olhe que pode muito bem acontecer...

Então, o que fazer? Se é verdade que não temos de adorar as nossas chefias, temos de dar o nosso melhor enquanto profissionais. Até ao último minuto! E podemos aprender muito com elas, tanto pelo que mostram de bom, como pelo que não nos agradou: tudo isso é aprendizagem que servirá para ir modelando o nosso percurso profissional... Ou queremos repetir e propagar os comportamentos positivos, ou escolhemos não ir por aí. Mas não precisamos de dar detalhes sobre isso, o que devemos fazer é reafirmar os momentos de aprendizagem que nos foram proporcionados e prosseguir sem mais comentários. A nova empresa agradecerá e depositará em nós a confiança suficiente para nos contratar. E é isso que se pretende: uma relação de confiança!

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