Hoje sinto-me... Mostarda!
Tenho-me lembrado de ti…
Não de uma forma obsessiva, como
cheguei a fazê-lo em determinados momentos…
Não de uma forma saudosa, porque os
tempos maus superaram com vantagem qualquer bom momento que possamos ter tido…
E também não de uma forma
pesarosa, porque essa fase já se me foi há muito, muito tempo…
A verdade é que me lembro de ti
quando penso na crise… Pergunto-me como estarás a lidar com ela… Como te estará
a correr a vida…
E, logo a seguir, penso em como
cresci em todo este tempo! Como aprendi a desenvencilhar-me das pequenas questões do quotidiano, do que ambos partilhávamos e que agora
guardo para mim… E encho-me de orgulho pela missão que vou cumprindo, enquanto
me toldo por ter de o fazer sozinha…
Não me queixo da solidão… Sigo a
regra do “mais vale só”…
Mas às vezes apetecia-me ter
alguém para partilhar o sofá… Para me enroscar quando me viro na cama… Para
cuidar de mim quando estou doente… Para eu cuidar só porque gosto… Para me
mimar… Para eu mimar…
E às vezes quase juraria ter
encontrado esse alguém… Mas depois não… Vejo que me iludi, que julguei ter visto
o que nunca existiu… Porque a imaginação, essa continua fértil como sempre…
Quiçá ainda mais fértil, porque chego a imaginar os sonhos que sonho… E às
vezes, muito de vez em quando, penso que provavelmente apenas criei o que já
vivi… O que é estranho, porque isso faria de mim uma espécie de zombie, e isso
eu sei que ainda não sou…
De todas as formas, tenho-me
lembrado de ti… Quanto mais não seja, para te poder esquecer…
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