Hoje sinto-me... Amarela!
Tenho saudades da ideia que tinha
de ti…
Sim, não posso dizer que tenho
saudades tuas… Não é de ti que sinto a falta! Sinto a falta daquele que, na
minha imaginação, eras tu… Compus-te na minha cabeça, por isso eras tão
perfeito para mim… Pudera, eu só poderia criar alguém que fosse perfeito para
mim…
Mas nem por sombras te ocorra que
pudesses ser tu… Não, claro que não! Tu és indiferente ou, melhor dizendo, eu
sou-te indiferente! Porém, para a persona
que de ti criei, eu sou um ser absolutamente ideal! Perfeito para ti! Juntos,
somos perfeitos!
Eu sou suficiente! Não sou muito,
não sou pouco, não sobro nem falto, sou apenas isso: suficiente! E é isso que
pretendo de uma relação!
A ideia que compus de ti também
era suficiente, bastava-me! Tu bastavas-me, conforme te criei!
Sabes, eu não sei lidar com a
rejeição… Bem sei, já era tempo, mas não, nunca aprendi… Não é algo que queira
aprender, sequer! Há quem diga que se aprende, mas eu digo-te francamente que
não… Não é verdade! Não quero joguinhos, lutas, agora quente, agora frio… Agora
ciúme, agora esperança, agora vem cá, agora vai-te embora… Agora entendo-te,
agora nem sequer estou para aí virado… E os mistérios, esses são muito
interessantes para fugir a sete pés… Porque cada mistério é um abismo, e todos
sabemos o que está por trás de um abismo…
Portanto, meu amor imaginário,
até nunca mais!
Comentários
Enviar um comentário