Hoje sinto-me... Rosa Bebé!

Ontem fui ao cinema! Até aí, nada de novo... Vou muitas vezes ao cinema. Aliás, adoro cinema. O que há de novo aqui é o título do filme, associado ao conceito - devidamente explicado no final.

O filme chama-se "O capital humano", título que me despertou a atenção: como consultora de gestão de recursos humanos, a expressão 'capital humano´ já passou (quase) à categoria de chavão (ok, pronto, buzz word). 
Afinal hoje falamos de capital humano, ativos humanos e recursos humanos com o mesmo sentido, por uma questão de moda ou por outro motivo qualquer, quando simplesmente nos queremos referir às pessoas de uma organização. É, na verdade, uma tentativa frustrada para desumanizar a questão, mas tendo em conta a looooooonga crise e as medidas que as empresas são hoje forçadas a tomar, a verdade é que o tal de capital humano tem de estar bastante longe do que na realidade representa: o ser humano! Já imaginaram o que seria das organizações se estas se referissem ao conjunto dos seus colaboradores como ´seres humanos'? Como despedir seres humanos? É obviamente mais fácil desumanizar a questão!

Conceitos à parte, o filme é de facto muito bom. Cinema europeu, excelente argumento (americano, por sinal), excelente interpretação, excelente fotografia. Não demasiado dramático ao ponto de nos fazer chorar, mas exatamente no ponto certo de drama... Porque a nossa vida não deixa de ser, toda ela, um drama, mais ou menos tragicómico...

Mas regressando ao 'capital humano', no filme ficamos a saber que o conceito afinal nasceu, pasme-se, nos serviços de seguros para atribuição de indemnizações por morte: o capital humano calcular-se-ia com base no valor estimado para a pessoa falecida em termos de expetativas salariais (valores auferidos no momento da morte mais perspetivas de evolução de carreira), meio social de inserção e relações de afetos - de familiares e amigos (pressupondo-se que uma grande família e muitos amigos proporcionará mais afeto, logo... Mais valor!). 

Por outras palavras, quem ganha pouco e não tem grandes probabilidades de evolução de carreira e/ou salário, nasceu num meio social economicamente pouco desenvolvido e tem uma família pequena e uma rede social fraca... Pois! É injusto, não é? Mas quem disse que a vida é justa?

Já perceberam a ideia, não é? Então, toca a mexer! O nosso valor só depende de nós! E é a nós que cabe valorizarmo-nos para fazer subir o nosso real 'capital humano'. Porque o que por ele fizermos ninguém nos pode tirar!

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