Hoje sinto-me como um Arco-Íris!

Decidi abraçar a crise! Estou farta de ouvir falar na crise, de como iremos, nós, portugueses, ficar com a crise, de como a crise nos afectará, a crise, a crise, os sacrifícios que nos irão ser exigidos, em nome da crise...
Cansei-me! A crise deprime-me! Ouvir falar na crise deprime-me ainda mais. Por isso, e como resolução para o(s) próximo(s) ano(s), decidi não pensar na crise. Não falar na crise. Não ouvir falar na crise. Pode ser que a crise tenha vergonha na cara e decida recuar para outras paragens, que aqui já foi chão que deu uvas.
Como parte desta importante resolução, deixei de ver os telejornais, deixei de ler os jornais bombásticos que põem em grandes parangonas a crise disfarçada na primeira página... Títulos como "Choque Fiscal" e outros na mesma linha já não me afectam.
Quero dizer, afectam-me, agora dão-me vontade de rir. E quando me falam na crise, eu pergunto com os olhos arregalados "qual crise?". Pode ser que a dita se desencoraje mesmo...
Em França atiram-se pedras, fazem-se greves, adere-se à violência gratuita em nome da crise. Nós, por cá, todos bem! A crise passa-nos ao lado. E, convenhamos, é perfeitamente ridículo gerar violência em nome da crise... Pergunto eu: a crise passará assim? As medidas anunciadas deixarão de ser tomadas? Parece-me que a resposta é um evidente NÃO!
Outra coisa que não entendo (mas também não procuro entender, logicamente!) é o medo irracional que as nossas entidades ilustres têm assumidamente do FMI... Porquê, senhores? Na minha humilde e modesta opinião, quem não deve não teme... Serei só eu a pensar assim???? Afinal o que é que o FMI poderá fazer-nos? Aumentar-nos os impostos de forma igualitária e equilibrada? Obrigar-nos a prestar contas mensalmente dos pequenos passos que formos dando? Dizer-nos que estamos como a Grécia? Alô???? Qual é a novidade????
Tanto medo faz-me pensar que talvez tenhamos muitos podres a esconder... Daqueles que não convém mesmo que ninguém saiba, tais como despesas descontroladas por parte do Estado, colocação de altas individualidades (ou filhos/amigos/afilhados de tais individualidades) em postos vitalícios de inércia excelentemente recompensada com salários que nos dariam vontade de rir se não fossem dramáticos... Ou "coisas escondidas" no âmbito do nosso querido banco central (vulgo Banco de Portugal), que tão "ingenuamente" tem sido gerido por senhores da alta esfera, que nada sabiam, nada viram, nada perceberam do estado da nação... Mas que foram devidamente recompensados pela ingenuidade, e até foram ser ingénuos para outro lado...
Mas eu tenho assumidamente mau feitio, e maus pensamentos.
Por isso, e só por isso, não me vou MESMO preocupar com nenhuma crise. Aqui fica a minha resolução para, pelo menos, a próxima década.
Crise? Qual crise? Há alguém em crise? Não, nós por cá todos bem!

Comentários

  1. Zé, em cada artigo me convenço mais, PUBLICA!
    Esta fantastico.
    Beijos.

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  2. Eu também me pergunto onde está a crise...
    Já foste a um certo comercial ultimamente? Está apinhado de gente, de consumo, de... sei lá...
    E a um hipermercado? Poderia pensar-se "é para comer, são os produtos básicos", mas não, vêem-se carrinhos apinhados de compras e nem tu são os "bens básicos".
    Às vezes pergunto-me se a crise existe mesmo para lá da conversa dos políticos e das capas dos jornais...
    Sim, eu sei que existe... mas não sei onde.

    Sabes, às vezes penso que, se amanhã os títulos dos jornais fosse "A crise acabou", as pessoas ficariam com outro ânimo e a crise acabava mesmo.
    Assim, estou como tu, para mim a crise não existe :-D

    Baci, lena

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