Hoje sinto-me... Coral!
Propuseste-me um contrato. Aceitei. Afinal um contrato torna tudo mais claro, mais transparente, o que não significa necessariamente que seja mais fácil de cumprir... Apenas se torna mais fácil de seguir até percebermos exatamente onde estão as falhas... As omissões... As armadilhas... As tais letras pequeninas, microscópicas, invisíveis a olho nu... Mas essas, claro, passam-nos sempre ao lado até... Até percebermos porque razão foram lá postas... E aí, lamento informar, é sempre tarde demais. Irremediavelmente tarde! Bom, mas este era um contrato original! Pelo menos para mim, digo eu, que nunca antes havia passado por tal... Sim, desses, onde o coração não é para lá chamado, onde não há sentimento nem envolvimento espiritual, apenas e estritamente o corpo como instrumento, a componente física da coisa, a técnica pura e dura, como uma dança extremamente perfeita mas sem paixão... Aceitei, sabendo os riscos que corria, tratando-se de um jogo perigoso. Mas eu sabia jogar. Se há algu