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A mostrar mensagens de junho, 2013

Hoje sinto-me... Coral!

Propuseste-me um contrato. Aceitei. Afinal um contrato torna tudo mais claro, mais transparente, o que não significa necessariamente que seja mais fácil de cumprir... Apenas se torna mais fácil de seguir até percebermos exatamente onde estão as falhas... As omissões... As armadilhas... As tais letras pequeninas, microscópicas, invisíveis a olho nu... Mas essas, claro, passam-nos sempre ao lado até... Até percebermos porque razão foram lá postas... E aí, lamento informar, é sempre tarde demais. Irremediavelmente tarde! Bom, mas este era um contrato original! Pelo menos para mim, digo eu, que nunca antes havia passado por tal... Sim, desses, onde o coração não é para lá chamado, onde não há sentimento nem envolvimento espiritual, apenas e estritamente o corpo como instrumento, a componente física da coisa, a técnica pura e dura, como uma dança extremamente perfeita mas sem paixão... Aceitei, sabendo os riscos que corria, tratando-se de um jogo perigoso. Mas eu sabia jogar. Se há algu

Hoje sinto-me... Rosa Choque!

Trago o teu cheiro comigo… Ficou agarrado a mim, entranhado no meu corpo, de tal forma que não consigo apagá-lo. Nem quero, aliás. O que antes me era estranho, agora já identifico. Sabes, precisava desta prova de reconhecimento, de assimilação, para te aceitar. Agora fazes parte de mim. Simplesmente. Sei que é provisório, tudo na vida é temporário... Vivemos vidas a prazo. Mas sabe-me bem cheirar-te quando não estás… E é maravilhoso como o cheiro permanece, fica, perdura colado à nossa imaginação… Permite prolongar sensações, sentimentos, emoções, fantasias e sorrisos, para lá, muito para além, do momento que passou… Porque o cheiro persiste para além da presença física! E tu, que já partiste, deixaste um pouco de ti, numa espécie de carimbo indelével que me marcou para sempre… Agora sinto a tua presença ao sentir o teu perfume! Tocaste-me porque te toquei! Trago-te comigo porque transporto o teu cheiro… Fazes parte de mim! Para sempre!

Hoje sinto-me... Violeta!

Ele ficou ai, a olhar para mim... Toquei-lhe na mão, de alguma forma para o impedir de se aproximar. A proximidade fazia-me confusão... Não lhe reconhecia o cheiro, o sabor, a minha pele não reconhecia a sua... Era um estranho, um estranho que permanecia diante de mim e procurava aproximar-se... Faz-me rir, por favor faz-me rir - supliquei, apavorada. Rir? Queres que te faça rir? Agora? Senti que estaria, possivelmente, a esticar demasiado a corda... A situação não seria certamente para rir... E, no entanto, eu precisava de uma piada, algo que me aliviasse da pressão do pânico que já estava instalado em mim... Queres que me vá embora? - perguntou, com alguma lógica... Eu não devia inspirar grandes sentimentos de índole erótica, não com aquele comportamento... Não - respondi, sentindo-me culpada e horrível. - Por favor, não! Quero que fiques... - e sim, queria... Acho eu... Então, tens de me deixar aproximar! - declarou, avançando para me beijar... Espera, espera... - eu par