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A mostrar mensagens de abril, 2013

Hoje sinto-me... Caqui!

É impressionante o investimento que faz um homem interessado numa mulher… E não me refiro, obviamente, a dinheiro, até porque isso nem interessa assim tanto, pelo menos não tanto como à partida se possa imaginar! Refiro-me ao cuidado, atenção e delicadeza com que rodeiam o alvo da sua atenção (ok, poderão ser vários alvos em simultâneo, até concedo essa de borla!). É impossível ignorar a diferença de tratamento, os sinais, os tais famosos sinais que se propagam aos quatro ventos como se estivessem pintados de laranja fluorescente e com luzinhas a acender e a apagar! O problema é se a mulher não está interessada! Ah pois é, há uma (ínfima) probabilidade de que isso venha a acontecer, e aí é que são elas… Então é vê-lo (ao homem) a cercar o alvo, e é vê-la (à mulher) a fugir a sete pés… Que é como quem diz, a arranjar desculpas, umas atrás das outras, para escapar ao encontro marcado… Mas o inverso, senhores, o inverso também é triste de se observar… Uma mulher interessada num

Hoje sinto-me... Azul Céu!

Há dias fizemos uma reflexão, entre amigas, sobre o primeiro beijo… Inicialmente debatemo-nos com as questões triviais de “o primeiro beijo na boca?”, ou “o primeiro beijo de todos os beijos?” ou ainda “o primeiro beijo com a pessoa X?”. Enfim, uma confusão, porque afinal o primeiro beijo com “aquela pessoa” não deixa de ser o primeiro beijo… E isso é que conta! Conta de tal maneira que “apaga” todos os anteriores beijos da lista que possuímos… Bom, se não apaga, devia apagar… Acho eu! Mas adiante! E cada uma de nós teceu a sua consideração sobre o dito, e eu dei por mim a sentir – sim, a sentir ! – o que considerei ser o meu primeiro beijo! Que, só por acaso, nem sequer foi na boca! De súbito vi-me transportada a Moçambique, aos meus doces 12 anos, ao meu primeiro amor, a quem dava delicadamente a mão quando íamos ao cinema! Um tumulto de emoções cresceu dentro de mim, e não consegui impedir-me de sorrir (não que quisesse impedir-me de tal!) perante tais memórias! Regr

Hoje sinto-me... Papaia!

Estavas à janela, de costas para mim… Distraidamente observavas algo interessante que decorria na rua, alguma ação no género de um cão a correr desenfreadamente atrás de um esquilo, ou algo semelhante… Não deste por mim… E eu fiquei ali, a olhar para ti, espiando-te na penumbra, silenciosamente… Gostava de olhar para ti sem que desses por isso, o que acontecia muito raramente porque, numa espécie de pressentimento, logo te voltavas para me dares as boas vindas… Mas eu gostava de entrar pela calada, em bicos de pés, em estilo de gato, e ali ficava mirando-te, absorta nos meus pensamentos, tu nos teus, os dois presentes, mas ao mesmo tempo ausentes em espírito, porque esse vogava livremente algures pela estratosfera… Sempre por pouco tempo, claro, porque te voltavas e me sorrias, como quem sabe exatamente o que se passa no seu espaço vital, e qualquer intrusão é facilmente detetada. E o teu sorriso, tão lindo, tão meigo, tão paciente, o sorriso de quem tem todo o tempo do mundo para m

Hoje sinto-me... Amarela!

O que era alegria passará a ser uma sombra, uma mancha negra, terrível e horrenda. A prática de um desporto, destinada a promover a saúde, o bem-estar, a boa disposição, transformou-se num irreal e assustador filme de terror. Pergunto-me, e certamente não estarei só nesta interrogação, o que levará alguém a proceder a um ato destes, sabendo que será responsável por um sem número de mortes e de mutilações, físicas e psicológicas, ficando para sempre associado a um momento negro na história de um país… Poderá a mera sede de fama gerar tal tipo de comportamento? Parece que sim… Infelizmente, já aconteceu antes. Porque não consigo mesmo imaginar outro tipo de móbil para o crime, o responsável vai ter de se denunciar em algum momento… Simplesmente porque não vai conseguir suportar o peso da “não-fama”, ele terá de desabafar aos sete ventos que foi ele, o grande herói (aos seus olhos, ele próprio considera-se um herói!), o causador de tal tragédia! Certamente as forças anticrime norte-am

Hoje sinto-me... Verde Esmeralda!

Sou um bocado tantã com tecnologias! Todas! O que inclui, obviamente, a relação com os telemóveis. O que, como toda a gente sabe, tudo o que respeita a relações não é fácil de gerir. Bom, demorei algum tempo a perceber como se atendia o meu novo Samsung mini de touch screen ! (Gostaram desta? Nem vacilei a escrever a frase toda). É que andava mesmo à procura do botão para atender! Pois, e na verdade, não era com um botão que se atendia! Simpático mesmo foi o meu filho Alexandre, a quem recorri quando, já cansada de nunca conseguir atender chamadas (e tendo, assim, de ligar de volta a toda a gente que me telefonava!!!), me fez o favor de me explicar como se fazia… Primeiro ligou-me! E eu, seguindo o meu procedimento habitual, tentei atender batendo estupidamente com o dedo em todos os botões que via, enquanto comentava com ele: - Vês? Isto não se consegue atender! Olha! - e ele, com um sorriso mal disfarçado, disse: - É assim, mamã! – E fez deslizar o seu dedito pela superfície do t

Hoje sinto-me... Azul Turquesa!

É um privilégio morar em Lisboa! Penso nisto muitas vezes, mas então quando começa o bom tempo, quando o sol brilha, os passarinhos cantam e toda a cidade brilha de luz e cor, tudo me parece tão mais bonito, tão maravilhoso. Lisboa é realmente uma cidade bonita! Cheia de parques, árvores, pequenos lagos, passarinhos, passarinhos, muitos passarinhos felizes! Aproveito os meus passeios solarengos para meditar nos pequenos problemas do dia-a-dia, aquelas pequenas coisas que apoquentam a minha mente dispersa. E hoje não foi exceção, claro! É primavera! O bom tempo chegou! As emoções (e as hormonas também!) estão no ar, exigindo expansão! Chega de chuva, de frio, de contenção! Como diria alguém, ‘o calor dilata os corpos’ e impele-nos para a ação (qualquer que ela seja!). Posto isto, nota-se que as pessoas ficam diferentes… Menos contidas, mais arrojadas… Assim é a natureza das coisas. Há um toque de alegria em quase tudo, apesar da crise, dos problemas que nos massacram os pensamento

Hoje sinto-me... Laranja!

Fui ver o Comboio Noturno para Lisboa! Por curiosidade, já que nem sequer sou muito fã do Jeremy Irons… Ok, sei que devo ser a única, mas aquela voz tétrica assusta-me e repele-me… Bom, convém realçar muito bem que não sou crítica de cinema! Nem queria ser, aliás! Nunca percebo nada das críticas de cinema que leio, e também nunca fico nada esclarecida relativamente à (real) qualidade dos filmes, por isso, e para registo de memória futura, trata-se apenas e tão-somente da minha modesta opinião sobre o que eu vi e interpretei do filme em questão. Excelente fotografia! Que Lisboa é linda eu já sabia, mas confesso que a vi sob outras cores e fiquei genuinamente orgulhosa! Muito boa banda sonora – sobretudo em Lisboa! Nada como a guitarra portuguesa para nos fazer sentir “em casa”… Não consegui confirmar se seria Carlos Paredes, mas quase apostaria que sim… Admirável interpretação de Jeremy Irons! Irrepreensível! Fascinante também a (sua) capacidade de ler em português e conseguir trad

Hoje sinto-me... Rosa!

Faço as coisas com a melhor das boas vontades, mas depois… A verdade é que a intenção é sempre boa: quero melhor, quero mais, quero o que acho que me falta, ou me fará sentir melhor, menos desenquadrada, mais encaixada no padrão da normalidade. Mas depois… Vem o frio na barriga, as cócegas, as insónias, os medos… Se acho que é fácil atirar-me de cabeça a uma oportunidade, não vá ela escapar-se-me, por outro lado, e uma vez dado o primeiro passo, fico a remoer a consciência: “será que foi o melhor que poderia ter feito? Será que vai ser o melhor para mim/minha família/meus filhos/…? Será que vai dar certo? Será que…?” E assim fui vivendo, sucessivamente atirando-me para a frente do comboio em andamento, aparentemente sem medo de arriscar, enquanto por dentro me consumia o pavor de falhar, de que algo corresse mal, de que o comboio parasse, ou não parasse, de que eu não o conseguisse apanhar, de que algo ficasse pelo caminho, de que algo desaparecesse para sempre da minha vida no caso