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A mostrar mensagens de janeiro, 2012

Hoje sinto-me... Verde garrafa!

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Não tenho uma linha temporal bem definida! Ou, melhor dizendo, tenho, claro que tenho, apenas não sigo uma linha temporal definida quando escrevo. Escrevo sobre o que me ocorre. Sobre o que me apetece. Sobre o que me acontece ou aconteceu ou irá acontecer. Ou nunca aconteceu nem acontecerá jamais! Isto tudo para te dizer que sim, escrevo sobre ti e para ti. E sobre mim e para mim. E sobre nós, juntos ou separados, para nós. Não há uma sequência lógica para o que me apetece dizer-te! Para mim nem tudo tem de ter lógica, acho que sabes isso… Ou devias saber! Às vezes apetece-me deixar-te baralhado… Não espero que compreendas… Eu própria não compreendo muito bem… Acho que tenho um lado contraditório, que quer dizer o óbvio e a seguir arrepia caminho… Como se desse um passo em frente e dois atrás… Mas tu fazes o mesmo… Baralhas-me, deixas-me confusa, perdida, sem saber o que dizer, fazer ou pensar. Provavelmente nem sabes isso… Mas é o que eu sinto! Ou então não… Já não sei… A verdad

Hoje sinto-me... Rosa!

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Gostaria de descrever o prazer real que sinto em cada passada das minhas caminhadas diárias… Mas não consigo! É daqueles prazeres que só sentindo na pele… A verdade é que não sou grande fã do exercício físico pelo exercício em si… Gosto essencialmente da sensação que fica “depois”, aquele momento em que tomamos um duche e sentimos realmente o poder do relaxamento após o esforço muscular… E sempre foi assim nas minhas idas ao ginásio, excetuando, claro, as minhas aulas de dança! Essas sempre me proporcionaram grande prazer, em cada momento. Mas aqueles momentos de treino em aparelhos, céus, haverá mesmo quem goste daquilo????? Para mim sempre foram pequenos momentos de tortura, em que me esforçava por terminar rapidamente para, isso sim, desfrutar do meu belo banho… No entanto com as minhas caminhadas, tal como com as aulas de dança, sinto um verdadeiro prazer com cada pequeno passo. Adoro e procuro vivenciar cada movimento com grande alegria, aproveitando para libertar corpo e mente de

Hoje sinto-me... Roxa!

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Gosto de observar as pessoas em diversos ambientes… Fico a olhar para elas, tentando projetar-me nas suas vidas, nas suas peles, imaginando como vivem, o que fazem, onde trabalham, como serão as suas famílias… Faço isso desde pequena. Recordo-me de pensar às vezes se eu seria mesmo “eu”, ou outra personagem qualquer, e porquê eu… E depois via passar alguém ao meu lado e logo decidia encarnar naquela personagem. Era uma espécie de jogo que eu fazia, e que se mantém até hoje. Pode parecer estranho, mas às vezes não me apetecia ser eu mesma, aquela criatura tímida, pequenina e tão insegura, cheia de medos, sempre em mudanças, sempre sem chão, sempre a tentar agarrar-se a algo que logo fugia… Tudo se parecia com a areia da praia, que eu a custo tentava agarrar e se me escapava por entre os dedos… Observar os outros e colocar-me nas suas vidas permitia-me refugiar com algum conforto numa vida que não era a minha… Não que a minha vida fosse má, triste ou traumatizante… Nada disso! Mas apetec

Hoje sinto-me... Verde Alface!

Conhecemo-nos numa praia em Luanda, já faz muito tempo… Sim, bem sei, uma praia não é propriamente o melhor sítio para conhecer pessoas… E daí, porque não? É um sítio como outro qualquer! Meteste conversa, perguntando-me coisas banais, como por exemplo o que fazia uma “rapariga como eu num sítio como aquele”… Sim, o velhinho cliché ainda pode ser utilizado para meter conversa com algum índice de sucesso… Lembro-me vagamente de ter sorrido e de ter respondido com a verdade… Estava em Angola para trabalhar. Mas aos fins-de-semana aproveitava para dar um pouco mais de cor à minha vida, que é como quem diz, à minha pele, mudando o tom de branco pálido para um branco com toque mais rosado… Disseste-me que eras comissário de bordo. Trocámos telefones. Eu estaria de regresso a Lisboa dentro de uma semana, tu dentro de um dia. Na verdade não esperei que me telefonasses. Mas telefonaste num sábado à noite. Encontrámo-nos numa rave party … A minha primeira (e última, está bom de ver!). Não posso

Hoje sinto-me... Violeta!

Tenho em mim esta fera indomável que tenta saltar sempre que me apanha desprevenida… Ou sempre que não a consigo impedir… Se é verdade que existe uma fachada amável e simpática, não é menos verdade que o animal em mim deita por terra qualquer tentativa de civilidade… A questão é aquietar o bicho, mantendo-o sob controlo sempre que é necessário… Mas às vezes não consigo… Ou desisto de o fazer, ainda não percebi bem a diferença… Às vezes o bicho solta-se mesmo, como touro desgovernado, procurando investir onde pode ou onde o deixam… Foi assim ontem… Aguentei o primeiro impacto… Mantive-me quase firme e hirta, até não poder mais… Não, não é verdade, eu podia mais, mas não deixei, não quis aguentar mais… Soltei a fera! E ela saltou, desembestada como fera que é, agredindo à direita e à esquerda… Na verdade, a ideia de que possa considerar-se uma pessoa que devotou toda a sua vida a uma carreira, tendo muito justamente alcançado uma plataforma de relativo conforto pessoal, possa agora ser c

Hoje sinto-me... Vermelha!

Lençóis emaranhados... Lençóis emaranhados, Mãos entrelaçadas, Corpos enroscados, É assim A minha fantasia… O momento de magia Em que, unidos, Somos dois! Nada importa, Nem o antes Nem o depois, Só o agora, E esta hora, Este minuto, Este segundo Perfeito… Num leito Desfeito… Seduzidos, Fundidos, Enfeitiçados, Corpos cruzados, Momentos a dois Entre os lençóis…

Hoje sinto-me... Amarela!

Às vezes dá-me a birra… Dá-me a neura de tal forma que só tenho vontade de aterrar na minha cama e/ou no meu sofá predileto a ler algo gostoso ou a ver séries com muito sangue, crime e mistério… Para me aturdir, para não pensar na vida, para me abstrair totalmente da realidade, para me esconder de um mundo que continua lá fora, mas não cá dentro, não no “meu mundo”… Quando estou assim, fujam de mim… Eu só não fujo porque não posso, senão… Ahhh, mas fugia a sete pés… Mas eu aviso que me vou “arrastar para o meu buraco”, portanto não tenham medo, eu dou sinal… São as minhas fases lunares, aquelas em que eu deixo que o monstro que trago comigo se solte e me avassale com os seus medos e tragédias, aquele que me faz interrogar e questionar sobre a essência da alma, o propósito da vida, a razão da minha existência… Faço balanços, sim, totalmente desequilibrados, mas ainda assim balanços. Desequilibrados porque nesses momentos vejo um enorme negrume diante de mim, impedindo-me de ver o caminh

Hoje sinto-me... Castanha!

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Dia lindo, este domingo… Rima e é verdade. Que belo passeio ao CCB, que delícia a exposição de Vik Muniz, que dia feliz… Em boa companhia, claro está! Depois um almoço nas docas, seguido de um maravilhoso passeio à beira-rio… Sim, que bem nos soube, há tanto que o merecíamos… Foi com um sorriso nos lábios que recordei um início de namoro, há muitos, muitos anos, também à beira-rio, quando me deste aquele que foi o nosso primeiro beijo… Engraçado, até parece que foi ontem… Mas não, já faz muito tempo… E percorrendo os caminhos que antes percorremos juntos, vou recordando e não consigo lembrar-me… Como foi aquilo tudo? Porque acabou? Seria amor? O que fizeste com o tempo que foi nosso? Como estás? Ainda te lembras? Para onde será que vai o amor quando tudo acaba? Às vezes penso que existirá algures no Universo uma espécie de caixote de lixo gigantesco onde todos os sentimentos que acabam são armazenados… Provavelmente reciclados… Não sei… Será que Vik Muniz é o grande reciclador dos sent

Hoje sinto-me... Laranja!

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Sei que sou uma pessoa bastante rica: tenho algumas qualidades (de momento não me ocorre nenhuma, mas sei que sim… Acho eu…), consegui concretizar objetivos (importantes para mim!), como ser mãe, por exemplo, levo uma vida razoavelmente equilibrada e confortável (não me falta nada e sou feliz com o que tenho!), tenho saúde e alegria aos molhos, trabalho e consigo sustentar-me… Sim, sinto-me imensamente grata pela minha vida, pelo que tenho e pelo que sou. Poderia acrescentar que não devo nada a ninguém, mas não seria verdade: afinal devo a minha casa ao banco, a minha vida aos meus pais, e certamente o Estado se encarregará de que eu deva alguns impostos… Pelas bênçãos que tenho, agradeço sobretudo pelos meus meninos, que são lindos, saudáveis, inteligentes e o meu maior orgulho… Então detenho-me a pensar o que poderei pedir mais para este ano… Sabem, as tais resoluções de ano novo… Aquelas tais que eu até costumo escrever a título de objetivos a alcançar ao longo do ano… Pois, desses…

Hoje sinto-me... Roxa!

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Às vezes apetece-me transgredir… Fazer coisas normalmente atribuídas aos loucos, dementes ou excêntricos… Coisas simples, nada de muito sofisticado… Pequenas loucuras apenas… Como, por exemplo, desatar a gritar no meio da rua como se o mundo fosse acabar! Ou começar a cantar a canção que trago na cabeça no momento… Sim, eu sei, iam pensar que sou/estou doida! Pelo menos é o que me dizem os meus filhos, crianças ajuizadas que partem do princípio que têm de me educar sempre… “Oh, mamã, tu não percebes que nos envergonhas?” E hoje passei por um autocarro cujo motorista estava no seu período de descanso. Tinha as portas traseiras abertas, mas as da frente fechadas. De repente ocorreu-me que poderia entrar no autocarro vazio, esconder-me nos bancos traseiros e ficar ali, sem que ninguém me visse, em completa transgressão… Nada de mais, uma espécie de brincadeira que imaginei e logo me pôs um sorriso maroto nos lábios… Ai, a garota marota que há em mim tem vontade de pregar partidas, prati

Hoje sinto-me... Azul!

Zás! Aí está ele, o incontornável Cabo das Tormentas que teremos de dobrar o melhor que pudermos e soubermos. Entrámos nele de rompante, e até nem doeu… O mundo não acabou. Não houve cataclismos em especial. Um pouco ao estilo do “bug do milénio”, a montanha pariu um rato… Agora é preciso descer à Terra… Abandonar Marte, abandonar o fatalismo de que o “mundo vai acabar” e, portanto, não vale a pena fazermos grande coisa porque afinal estamos condenados… Quanto a mim, tenho uma opinião bastante diferente da da maioria das pessoas: considero que 2012 será um ano muito bom, senão mesmo excelente, ou não seria, por definição, o Ano do Dragão, o meu signo chinês. O Ano do Dragão traz sorte, felicidade, amor, dinheiro e concretizações pessoais. Pelo menos é isso que eu acho, é isso que eu defendo, e quero manter este espírito positivo ao longo de todo o ano. Sim, bem sei, o ano é longo e ainda só estamos no princípio… Mas cabe-nos a nós manter a energia positiva ao longo de todo o ano. Compe