Hoje sinto-me... Amarela!
Lembrar-me de ti está no espaço vazio que todos os dias deteto ao fazer a cama, sempre tão perfeita do teu lado… Está nos petiscos que ambos partilhávamos com prazer, e que agora partilho com outras pessoas. E sei que poderás igualmente partilhar momentos com outras pessoas, mas o sabor nunca mais será o mesmo. Eu fazia-o com amor e dedicação, lembras-te? E continuo a fazê-lo, tu é que jamais o provarás de novo… Às vezes penso que me fazes falta nas pequenas coisas domésticas, como pôr a louça na máquina, fazer café para dois… Ler o jornal numa esplanada cheia de sol, passear com as crianças à chuva, sentindo o odor da terra molhada… Mas sei que não sinto a tua falta quando me insultavas por não poderes insultar-te a ti mesmo. Quando gritavas que me ias matar, que me odiavas e crescias para mim, fazendo-me encolher e temer pela minha vida… Quando a tua mão se ergueu para mim, eu senti que o meu mundo perfeito, tal como o conhecera até ali, tinha desmoronado… Nada mais seria como ant