Pinceladas e Cores

Hoje o meu coração chora pelo Chile. Tenho pena, muita pena de que o mundo esteja a desmoronar-se, quer pelos tremores de terra, quer pelas alterações climáticas, chuvas torrenciais, subida do nível das águas do mar, choques de placas tectónicas, sei lá mais o quê... A Natureza no seu melhor, mostrando-nos quem manda afinal... Já é tempo de percebermos que tudo o que temos é etéreo, finito, de duração limitada. E de entender que mais vale unirmo-nos, entre seres humanos, do que lutarmos uns contra os outros, politicamente, religiosamente, espiritualmente. Precisamos de lições de humildade, e a Natureza é pródiga em mostrar-nos o que na verdade valemos quando tentamos impor a nossa "razão". Força Chile! Tenho saudades. Quero voltar!

Hoje é sexta-feira. Ou, segundo a maioria dos outros países, "dia de Vénus". É verdade, nos outros países optaram por dar aos dias da semana nomes de planetas... Nós demos-lhes nomes de "feiras". Mas não fica mal... Sempre ficámos com o Domingo, que foge à regra (do italiano "domini", dia do Senhor). E o Sábado (do judaico "Sabath"). Bom, mas a verdade é que hoje é dia de Vénus, e é por isso que nos sentimos sempre melhor à sexta-feira, as reuniões correm melhor, estamos mais descontraídos, mais relaxados... E pensamos que é por causa da proximidade do fim-de-semana... Mas há quem diga que não, que é porque a tarada da Vénus exerce a sua poderosa influência sobre as nossas energias interiores... Enfim, a verdade é que há teorias para tudo! E o que interessa é que hoje vou ver os meus bebés! Sim, hoje é sexta-feira e eu vou rever os meus filhos e mimá-los até eles ficarem saciados, e eu também. A outra coisa importante: hoje consegui fintar

Continua a chover. Implacavelmente. Parece não haver outro tema de conversa, mas realmente a chuva já não nos deixa pensar. Estamos com os cérebros embotados, praticamente afogados em tanta água... Não apetece sair de casa. Não apetece sair da cama. Não apetece nada de nada. O país devia fechar para obras... Nós devíamos hibernar e permanecer assim até ao Verão... Como fazem os ursos, que são espertos. Mas nós, ursos humanos, enfrentamos a intempérie com intrepidez e valentia... Para afinal levarmos com telhas, tijolos, árvores, lama e chuva em barda no toutiço... Está visto que este vai ser um mau ano para as culturas... Para a fruta, os cereais, a vinha. Nem quero saber qual será o vaticínio para 2011. Será que vem aí mais crise? Claro que não... Apenas mais do mesmo... Porque nem o tempo nos ajuda, certo? E todas as desculpas são boas! Porque o nosso governo "desconhece" ou "ignora" ou é "ingénuo" para perceber o que tem vindo por aí, o que virá por

Continua a chover. Já não há paciência. Na Madeira há cerca de 80 mortos, se contarmos com os desaparecidos... Uma lição de humildade da Natureza, que se esforça por nos demonstrar o quão pequeninos nós somos diante da sua força! Alberto João Jardim reconhece a sua humildade, e pede ajuda, e agradece a ajuda. É nosso dever ajudar. Politiquices à parte, trata-se do nosso povo, e precisa de ajuda. As imagens mostram-nos uma Madeira irreconhecível, com prejuízos vastos, embora nada mais vasto do que a perda de vidas humanas. Ajudemos pois. Como eu costumo dizer, "podia ser cá". E é cá. Desta vez somos nós!

A chuva continua. Não se prevê paragem. Na Madeira já há 42 mortos e pelo menos 4 desaparecidos. Parece impossível. Hoje é segunda-feira e o tempo não ajuda a enfrentar a semana que temos pela frente... Sol, por favor volta. Estás perdoado! Entretanto vamo-nos entretendo a tirar fotografias aos arco-íris, essa linda manifestação da Natureza, que parece querer mostrar-nos que afinal ainda há esperança... E que as cores andam por aí, apesar de só vermos variações de cinzento... Bom dia, boa semana!

O tempo não ajuda...Não ajuda mesmo nada... Há quanto tempo não tínhamos um inverno tão rigoroso? Frio e chuva, à disposição... Sirvam-se! Bem, ao fim-de-semana um bocadinho de chuva ajuda a relaxar. Mas não TODOS os fins-de-semana, bolas. Hoje vou almoçar com uma amiga. Já nos consigo imaginar a correr para o restaurante, e do restaurante para o carro... Literalmente debaixo de chuva... Nem sequer poderemos usufruir de uma bela esplanada, à beira-rio ou beira-mar, para aproveitarmos um pouco do tal sol que "nasce para todos". Por anda ele? Os prejuízos na Madeira são mais que muitos, as imagens que mostram na televisão são assustadoras... Será clima de monção? Bem, porque o aquecimento global este ano não se mostrou muito, antes poderemos falar de um arrefecimento global, ao qual já ninguém estava habituado... A verdade é que este está a ser um inverno normal. Os anteriores é que não eram. É suposto chover e fazer frio no inverno, certo? Então de que nos queixamos? Nunca

Hoje despedi-me dos meus filhotes, que vão para o pai por uma semana. Temos um regime de roulement , que muda à sexta-feira. É sempre um misto de sensações e sentimentos, alegria por ser sexta-feira, alívio por ter uma semana "só para mim" (o que fazer com tanta liberdade??? Deus, eu ADORO os meus filhos!), tristeza pela solidão que se avizinha a largos passos, planos para fazer "algo de novo", assim como, por exemplo, poder sair com os meus amigos, almoçar e jantar fora sem horas para estar em casa, poder ir a cinemas, espectáculos, reservar um tempo para a cultura "entre adultos", já que a maior parte dos meus momentos "culturais" é passada com crianças... Escrever, pintar, trabalhar no meu blogue, dar a mão a algum amigo que precise (infelizmente, há sempre quem precise de uma "mãozinha" extra). Pois é, uma sexta-feira que tem um sabor agri-doce... Já tenho saudades dos meus meninos... E sei que vou poder dormir até mais tarde t

Hoje estou um pouco às cores, talvez meia tonta... Foi o regresso à rotina, o regresso às aulas, a correria do costume para poder sair de casa a tempo, tratar de tudo antes de sair ("tudo" é fazer as camas, fazer o pequeno-almoço, lavar a louça do pequeno-almoço, preparar os lanches, o meu almoço, arrumar tudo nas mochilas dos miúdos, gritar com eles a cada 5 minutos para se despacharem, se vestirem, lavarem os dentes, a cara, pentearem o cabelo... Ufa, já estou cansada...). Depois de os deixar na escola, fazer a habitual caminhada para o trabalho, normalmente debaixo de chuva... Ah, ah, hoje fintei a chuva (quero dizer que NÃO CHOVEU enquanto caminhei! Yupiiii!!!). Esta é a foto de um dos meus quadros favoritos: a Dança do Fogo, de Maria Arceu. Vi este quadro numa exposição e não resisti: ele tinha de ser meu... Conseguem ver as ninfas do fogo a dançar no meio das chamas? Adoro este quadro!

Bom dia! Hoje estou branca, assim mais ou menos como o meu gato Alfa, que é lindo. O dia vai ser passado no trabalho, como sempre, mas hoje há uma variante especial: os pais podem trazer os filhos para o trabalho, onde as crianças poderão jogar, ver filmes, e ainda fazer trabalhos semelhantes aos dos pais... Uma espécie de simulação do mundo do trabalho. Vamos ver quanto tempo se aguentam... Ora bem, como seria fácil de prever (sendo minimamente inteligente, claro!), o Alexandre não quis ficar... Lá tive de telefonar para o avô o vir buscar... Deu direito a lágrimas e tudo, um verdadeiro drama tragi-cómico... Entretanto o Miguel resolveu que também queria ir embora (já depois de o irmão ter ido, diga-se!), e também começou a chorar como se fosse o ser mais infeliz da face da terra. Isto tudo já depois de ter feito amizade com o Tiago, filho da Filipa. Enfim, foi um dia muito animado... Mas as aulas já recomeçam amanhã (ufa!!!!). Haja Deus...

Terça-feira de Carnaval! Que dia feio, senhores. Não que me apeteça bailar por aí, vestida de odalisca, com um rubi no umbigo, nem sequer participar dos corsos que, um pouco por todo o lado, vão decorrendo... Se não foram, entretanto, cancelados... Mas ao menos que o sol brilhasse por 5 minutos, para podermos sair e usufruir um pouco do ar livre... Já chega de centros comerciais apinhados de gente que se desloca em manada para fazer sabe Deus o quê... Os centros comerciais parecem ser o único destino turístico apetecível em dias assim... Que horror! Quanto a mim, prefiro ficar em casa, a comer ou a beber um chocolate, ou um chá, a ver um bom filme, a brincar com os meus terroristazinhos pequeninos, sei lá, qualquer coisa é preferível a um centro comercial apinhado! Ora então um bom carnaval!

Pois é, o Carnaval é chuvoso, a Páscoa vai ser seca... Segundo o dito popular, parece que em Abril teremos uma trégua na chuva... Será? Já duvido... Coitados dos dirigentes/organizadores dos desfiles carnavalescos deste ano... Devem andar muito desanimados... Não que eu seja apreciadora do Carnaval, na verdade só gosto mesmo é da tolerância de ponto de terça-feira (o famoso Entrudo!), até porque o nosso clima não é de molde às fantochadas que se fazem com meninas semi-nuas como se estivessem no Rio de Janeiro... Não, por aqui faz frio e chove chuva grossa e gelada, e nem dá para aquecer, por muito samba que se dance. Carnaval bonito é o de Veneza (que não conheço, a propósito), com máscaras bonitas e as carnes tapadas, a condizer com o clima. De onde nos terá vindo a mania de sacudir as carnes ao frio e ao vento? É estranho... Bem, deixo aqui mais um dos meus quadros, que representa uma espécie de paisagem um pouco nublada, provavelmente num dia de tempestade como o de hoje...

Hoje é domingo! O que quer dizer que amanhã é segunda-feira. Uma verdade de La Palisse, claro, mas tem a sua importância. Amanhã eu iria ficar de férias com os miúdos, mas afinal os meus pais vão ficar com eles, o que me liberta para ir trabalhar. Gosto de trabalhar: sou ao contrário das outras pessoas - gosto mesmo de trabalhar! Ainda bem, dado que estou destinada a trabalhar até ao fim da minha vida. Além disso, trabalhar tem as suas grandes vantagens: obriga-nos a levantar da cama, o que já de si é bom, porque tantas são as vezes em que não apetece, verdade? Ora porque chove, ora porque está frio lá fora, ora porque é segunda, ou terça, ou sexta, enfim... Assim, se metermos na cabeça que "temos de trabalhar", não há nada, mas mesmo nada, que nos possa impedir de levantar para ir trabalhar. E só Deus sabe o que deve sofrer um desempregado que quer ir trabalhar e não pode... Enfim, o Carnaval são 3 dias, diz o ditado, e os miúdos é que se divertem. Os meus aproveitaram

Hoje estou com a cor da paixão, ou da felicidade, segundo os chineses. Sim, estou vermelha porque vem aí o Dia dos Namorados, o dia da celebração do amor. Mas também me sinto vermelha de raiva porque começou outra vez a chover... Deram por isso? Andamos com uma proporção desproporcionada de 1 dia de sol para cada 3 semanas de chuva... S. Pedro, por favor dá-nos uma trégua... Os putos precisam de bom tempo para os desfiles de Carnaval, coitadinhos... Vá lá, um dia de sol, por favor, por favor... Mas também estou vermelha de alegria por ter estreado hoje as minhas galochas novas: são vermelhas e LINDAS!!! E até são à prova de chuva, o que é um must importante! Viva as minhas galochas novas! Bem, agora falemos um pouco a sério sobre as várias possibilidades de presentes para o dia dos namorados: Namorados do mundo, por favor NÃO OFEREÇAM ROSAS VERMELHAS às vossas namoradas. É que, sem desprimor para as pobres das rosas, cá entre nós, QUASE NENHUMA MULHER APRECIA ROSAS! São vulgares! E

Hoje está sol. Percebem a diferença? Entre um dia de sol e um dia de chuva? Eu adoro chuva, mas confesso que estou um bocado farta, ao fim de três meses de pluviosidade intensa, bem que precisamos de um pouco de sol. Enfim, após a minha caminhada de 4 km, ao longo da qual pude observar a alegria dos passarinhos, que piam incessantemente pensando que a primavera já chegou, onde pude cheirar e aspirar os aromas que andam no ar (hummm... terra molhada, erva fresca, gases de escape, etc.), e pude ainda observar os ares circunspectos de quem anda na rua a passo de caracol a pensar na vida, enfim, como dizia, cheguei finalmente ao trabalho... E eis que alguém me fez um ENORME elogio, dizendo-me que "estou com bom ar"... É verdade, senhores, hoje está sol e eu estou com bom ar... Há lá coisa melhor? Um dia feliz!

Hoje estou cinzenta... Deve ser para combinar com o tempo, que também não está de feição. Para quando, o sol que nasce para todos?